terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dor sem ondas

Dentro da máquina da Ressonância Magnética, tenho sempre a visita de uma meia dúzia de lágrimas que, perante a imponência da máquina e a pequenez da pessoa que se encafua ali dentro, não resistem em se manifestar. Como eu as compreendo...

Se pudesse, choraria durante dias a fio, meses talvez, deixando sair a dor que certamente terei acumulada dentro de mim. De vez em quando, saltam umas lágrimas rebeldes, que as outras lá ficam, firmes e determinadas a não levantar ondas.
Mas não posso. Nem quero. Já basta o que sofro em consciência, não quero saber nem sentir o quanto mais poderia ainda sofrer... era só querer, motivo não tem faltado.
Mas não, é melhor não...

T.






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