terça-feira, 26 de novembro de 2013

A fazer contas à vida

Nos altos e baixos desta vida com cancro - existem, é verdade, dias melhores e dias piores -, há algo que já não muda em mim: a permanente nostalgia pelo fim da vida à vista.
Nunca tive, nem terei, mais de 80 anos, mas acredito que, aos 46, me sinto como se os tivesse. Mesmo mais curta do que a dos idosos, é uma vida às costas que carrego, com as contas para ajustar e as ilações a tirar sobre o que dela valeu, ou não, a pena.

Sem futuro, vivo o presente - que de tão angustiante já não consegue ser feliz - e revisito o passado, procurando as boas memórias, por vezes esquecidas, fazendo por ignorar os momentos mal passados...

E, como os velhos, vos digo: quem me dera ter 20 anos e saber e o que sei hoje. Pronto, vá lá, 35.

T.


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